terça-feira, 10 de maio de 2011

Utilização de Cinta Larga no setor moveleiro.

A CORRETA UTILIZAÇÃO DAS LIXAS CONFERE DIVERSAS VANTAGENS COMPETITIVAS ÀS INÚSTRIAS DE MÓVEIS
           Os abrasivos revestidos, também conhecidos como lixas, são insumos largamente empregados no setor moveleiro, nas mais diversas aplicações. Elas são utilizadas para executar desde desbastes até trabalhos de polimento.
           As lixas são constituídas basicamente de um costado, que é à base da ferramenta abrasiva, por grãos abrasivos e por adesivos de fixação e de revestimento dos grãos abrasivos.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO LIXAMENTO
           As lixas são constituídas basicamente de um costado que é a base da ferramenta abrasiva, por grãos abrasivos e por adesivos de fixação e de revestimento dos grãos abrasivos. Agora, você vai conhecer mais detalhes desta matéria-prima, além de fatores que influenciam um bom lixamento:

Granulometria do Abrasivo
           A seleção do tamanho do grão da lixa que se deve ser utilizada tem relação direta com a necessidade de remoção de material. Em principio, vale que, quanto maior a remoção de material, tanto mais grosso deve ser o grão (devendo-se tentar utilizar o mais fino possível entre as opções existentes).
           Em tese, devemos seguir a regra básica que diz: o grão seguinte ao lixamento não deve exercer a 50% do anteriormente utilizado. ou seja, se a primeira lixa tiver grão 120, a proxima deve ser 180 (que é 50% de 120 +120).

RELAÇÃO ENTRE APLICAÇÃO E GRANULOMETRIAS
Tipo de aplicação
Grana
Desbaste pesado
16, 24, 30, 36, 40 e 50.
Desbaste leve
60, 80 e 100
Semi-acabamento
120, 150, e 180
Acabamento
220, 240, 280 e 320

Pressão e Velocidade no Lixamento 
          Por ser uma ferramenta de corte, a lixa não pode sofrer pressão em excesso. Deve-se proporcionar condições de trabalho condizentes com a necessidade de remoção de material. Por isso, nas etapas de remoção de material, recomenda-se o trabalho a uma velocidade de corte maior, obtendo assim mais eficiência e aproveitamento da lixa.
          Eventualmente, a velocidade das lixas é fixa, impossibilitando-nos de regular. Por isso, podemos trabalhar de acordo com o principio de que: quanto maior é a necessidade de remoção de materiais, menor deve ser a velocidade de avanço da peça.

COMO GARANTIR A DURABILIDADE DOS ABRASIVOS
  • As lixas devem ser armazenadas de maneira correta, em locais específicos e apropriados, ou seja, nas condições de ambiente recomendadas pelo fornecedor;
  • Não utilize objetos que possam causar cortes ou marcas;
  • Não faça lavagens. Os costados de papel ou tecido não são a prova d’água;
  • O climatizador deve permanecer ligado 24 horas por dia e seguir condições de temperatura, e umidade;
  • As lixas devem permanecer no climatizador por, pelo menos, 24 horas antes de serem utilizadas;
  • Coloque, no máximo, cinco lixas por suporte;
  • As cintas devem ser giradas no cabide a cada três horas;
  • Se a lixa ainda tiver capacidade de ser utilizada, ela deve voltar ao climatizador;
  • Jamais dobre a lixa;
  • Coloque um peso – que pode ser um tubo de PVC de oito polegadas – na parte inferior da lixa para mantê-la esticada;
  • As lixas devem estar a pelo menos 300 milímetros acima da fonte geradora de calor;
  • A distância das lixas às paredes deve ser superior a 150 milímetros;
  • Deixe a lixa em giro livre por três minutos antes de iniciar a operação.

DICAS PARA UM BOM LIXAMENTO
  • O manuseio das lixas requer cuidados especiais e deve ser feito por pessoa devidamente treinada;
  • No lixamento de madeiras moles, é recomendado utilizar uma lixa de camada ou extra-aberta;
  • Em madeiras que tendem a emplastar, a relação entre a velocidade de avanço deve estar devidamente regulada;
  • Em madeiras com nódulos, evite maiores pressões localizadas que podem ocasionar desprendimento dos grãos;
  • Ao se lixar painéis de fibra (MDF, aglomerado) deve-se consultar o fornecedor dos painéis sobre qual a lixa utilizada no acabamento (normalmente 120) e pode-se, então, criar uma seqüência de lixamento a partir deste grão;
  • O uso de mantas abrasivas não tecidas é recomendado para se retirar às fibras levantadas da madeira durante o processo de lixamento;
  • Lembre-se, quanto mais fino o grão da lixa, mais escura será a tonalidade da cor;
  • A dureza e o diâmetro dos rolos de contato devem ser adequados à necessidade de remoção e à qualidade do acabamento final desejados;
  • A capacidade de remoção de uma lixa está diretamente ligada ao tamanho do grão utilizado e as características do equipamento em uso (velocidade, capacidade do motor, tipo de agregados, dureza), podendo chegar a até 1,5 milímetros numa única lixa;
  • Em situações de empastamento por colas, massas, nós e resinas, entre outros, recomenda-se a utilização do lixamento transversal antes de se lixar nas correias largas;
  • O uso correto do revestimento grafitado pode garantir um bom acabamento final. Ele fica entre e o cabeçote, minimizando o esforço do costado e ajudando na refrigeração da operação;
  • Recomenda-se que se faça a aferição da lixadeira, uma vez por mês, certificando-se da correta proporção de material removida em cada agregado da lixadeira. Os planos de manutenção preditiva e preventiva das lixadeiras devem ser rigorosamente seguidos, a fim de manter o equipamento em condições de uso;
  • O lixamento deve ser progressivo também em relação aos cabeçotes. Uma máquina com três cabeçotes deve destacar 60% do material no primeiro cabeçote, 30% no segundo e 10 % no terceiro;
  • Há no mercado opções que podem ampliar a vida útil das lixas, como as lixas anti-estáticas (que reduz as cargas geradas no atrito da lixa com as peças), lixas com tratamento que evita a impregnação de material resultante do lixamento na lixa e as que trabalham com duplo sentido de giro (quando se inverte o sentido de giro verifica-se a renovação de seu poder de corte).
Fonte: Chão de Fábrica